Quero ser...


(imagem do Google)

Os meus pensamentos já me fogem,
enveredam pela floresta
sombria da dor,
mergulhando na mágoa e na ausência.
A saudade fere a alma,
deixando-a tatuada de cicatrizes.
A perda é um sentimento único
que nos deixa à deriva
que nos faz sentir ínfimas
partículas de um mundo perene.

Quem somos? Seremos alguma coisa?
Que importa o que somos
se o que seremos não é nada?

Para quê a arrogância?
Por quê a superioridade manifestada,
se o que seremos não é nada?

Quero deixar para sempre
esta floresta sombria,
abrir a janela à esperança
e viver cada momento
com a plenitude da minha alma,
com a magia da primeira entrega!

Quero ser
porque o que serei não é nada.
                                    Célia Gil

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